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TEASER
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RELEASE E PROGRAMAÇÃO
ENTREVISTA COM PAULO MUNHOZ
Paulo, como surgiu a ideia de criar o Animatiba e qual foi a inspiração para dar vida a esse projeto?
Eu percebi a necessidade de criar um evento que trouxesse para Curitiba o estado da arte da animação internacional. Nós somos uma cidade vocacionada para a indústria da animação na medida em que temos ótimas empresas e profissionais do ramo, com conteúdos (filmes e séries) exportados para vários países, mas não tínhamos até o surgimento do ANIMATIBA um momento de apreciação, troca e reflexão como agora temos.
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Quais foram os principais desafios enfrentados na organização do festival desde a sua primeira edição?
O primeiro desafio foi minha inexperiência com eventos. Mas, após estudar a questão e fazer um bom planejamento, vi que não era um “bicho de sete cabeças”. Fomos o primeiro festival no Cine Passeio, após sua inauguração, com um resultado muito bom já no primeiro momento. Nosso segundo desafio foi em 2021 na Pandemia, quando fomos obrigados a transformar o evento em on-line. Encontramos excelentes parceiros capazes de colocar em pé uma ótima plataforma e tudo correu muito bem. O terceiro desafio é a melhoria contínua.
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A segunda edição do evento foi online, qual o principal diferencial para a terceira edição que será presencial?
O principal diferencial desta edição consiste na grande quantidade de filmes, alta qualidade das obras e a presença de alguns realizadores, com destaque para o diretor francês Alain Bidard, do filme de longa-metragem OPAL.
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Quais são os critérios utilizados na seleção dos filmes que serão exibidos no festival?
O primeiro critério é qualidade artística e técnica. O segundo é diversidade em todos os sentidos. O terceiro é uma representação mundial, ou seja, buscamos ter filmes de todos o cantos do planeta.
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O que você acredita que diferencia o Animatiba de outros festivais de animação ao redor do mundo?
Acho que é muito cedo para radiografar essa diferenciação. Mas nosso carinho com as obras, nossa qualidade de curadoria, a busca de interação entre empresas, profissionais, público e entes governamentais, são aspectos que já tem sido lembrados e elogiados por várias pessoas.
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Como o festival tem contribuído para o desenvolvimento e reconhecimento da animação brasileira, tanto nacional quanto internacionalmente?
Desde o primeiro evento temos feito encontros nacionais e locais para discussão de temas relativos ao desenvolvimento do setor. Estamos conectados à ABRANIMA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANIMAÇÃO (empresas de animação) e ABCA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMA DE ANIMAÇÃO, entidades fundamentais que têm espaço sempre garantido no ANIMATIBA.
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Quais são as expectativas para o futuro do Animatiba e como você imagina o festival nos próximos anos?
Penso que há dois caminhos para o crescimento: em tamanho e qualidade. Para os próximos anos, vamos focar na melhoria da qualidade fazendo todas as mudanças necessárias ao longo do tempo. Por exemplo, percebemos que a bienalidade imposta pelas condições de produção (aprovação de projeto, captação de recursos, seleção de filmes, etc.) é a sazonalidade ideal para o ANIMATIBA. Por outro lado, estamos percebendo que a categoria Curtas Estudantis não faz sentido pois há filmes de mesma qualidade saindo de escolas ou estúdios. Percebemos também a importância de termos sinergia com outras instâncias, de forma que estabelecemos uma parceria com a Gibiteca de Curitiba que começa neste ano.
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Nesta edição teremos uma oficina de animação, poderia nos explicar como ela vai funcionar?
Entendemos que a formação é um papel importante do festival. Assim, convidamos o animador e quadrinista Valu Vasconcelos para ministrar a oficina neste ano. Além de artista, ele é empresário do setor e pode trazer visões importantes e estimuladoras para nossos jovens. Esta oficina vai ocorrer na Gibiteca.
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Poderia compartilhar conosco alguma história ou momento marcante que ocorreu nas edições anteriores do Animatiba?
Para mim, um fato inesquecível é ter inventado um troféu que é um instrumento de produzir imagens animadas e não ter como construí-lo. Esse problema foi solucionado por um colega dos tempos de Engenharia Mecânica, Zely da Conceição, que, através da sua empresa SPINOFF, achou a solução construtiva e fabrica hoje nossos troféus. Sem ele e sua equipe não sei se teríamos um símbolo tão forte do ANIMATIBA.